Uso de "advogado" gerado por IA causa polêmica e interrupção de audiência nos EUA
- youtube3407
- 9 de abr.
- 2 min de leitura

Um episódio inusitado marcou uma audiência na Divisão de Apelações do Estado de Nova York, nos Estados Unidos, no dia 26 de março. A juíza Sallie Manzanet-Daniels interrompeu a sessão após perceber que o autor do processo, Jerome Dewald, estava utilizando um vídeo com um “advogado” gerado por inteligência artificial para apresentar seus argumentos.
Dewald, que representa a si mesmo em um processo trabalhista, havia informado previamente que faria sua apresentação em vídeo. No entanto, ele não mencionou que o material era produzido por uma IA, o que gerou desconforto entre os juízes presentes. A ferramenta simulava um homem falando, como se fosse seu advogado de defesa.
Juíza não ficou nada satisfeita com "Advogado de IA"
Ao perceber a situação, a juíza interrompeu o vídeo e repreendeu o autor. “Eu não gosto de ser enganada”, disse ela, surpresa com o uso não informado da tecnologia. “Teria sido bom saber disso quando você fez a solicitação. Você não me informou, senhor”, completou, em tom de crítica.
Dewald admitiu então que o vídeo havia sido criado por ele utilizando uma ferramenta de inteligência artificial e que o “advogado” não era uma pessoa real. A juíza relembrou que o autor já havia comparecido anteriormente ao tribunal e argumentado verbalmente, inclusive tendo conversado com a própria equipe da magistrada. Diante disso, questionou se ele possuía algum problema de saúde que o impedisse de falar.
“Caso contrário, você não usará este tribunal para seus negócios”, afirmou a juíza, referindo-se possivelmente ao uso da audiência como um experimento ou demonstração de tecnologia. Após a advertência, Daniels concedeu a Dewald cinco minutos para apresentar sua argumentação oralmente. O autor então se levantou, falou sobre o caso diante dos juízes e foi ouvido sem interrupções. Ao final, os magistrados agradeceram sua exposição e chamaram o próximo caso da pauta.
O episódio gerou repercussão nas redes sociais. Alguns internautas defenderam o uso da inteligência artificial por Dewald como uma tentativa legítima de modernização do processo jurídico, especialmente por um cidadão que não é advogado. Outros, no entanto, concordaram com a postura firme da juíza, alegando que o uso da IA sem aviso prévio compromete a transparência e a seriedade do tribunal.
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