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Os Desafios do Enriquecimento de Dados no Contexto da LGPD e do Marco Legal da Inteligência Artificial


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A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em 2018, e o Marco Legal da Inteligência Artificial (IA), aprovado no final de 2024, impõem novos desafios ao uso de técnicas de enriquecimento de dados. Esse processo envolve a adição de informações externas a um banco de dados existente, melhorando sua eficácia para análises e tomada de decisões nas empresas. Contudo, é essencial que essa prática seja conduzida dentro dos limites éticos e legais, especialmente no que diz respeito à privacidade e à segurança dos dados pessoais.


Enriquecimento de Dados e Privacidade


O enriquecimento de dados pode incluir informações como preferências de clientes, histórico de compras, dados demográficos e de geolocalização, que são valiosos para empresas. No entanto, essa prática pode entrar em conflito com os princípios da LGPD, que visa garantir a privacidade e o controle sobre os dados pessoais. A LGPD exige transparência sobre como os dados são tratados e dá aos indivíduos maior controle sobre suas informações. Se o enriquecimento for feito sem o consentimento explícito do titular ou sem clareza sobre a origem dos dados, pode gerar riscos legais para as empresas.


Outro princípio importante da LGPD é o da finalidade, que determina que os dados pessoais só podem ser utilizados para objetivos específicos e legítimos. Assim, o enriquecimento de dados deve ser transparente quanto aos dados utilizados e à finalidade do processo, com a devida autorização do titular. Caso o titular se recuse a permitir o enriquecimento de seus dados, sua decisão deve ser respeitada, sem penalizações, o que representa um desafio adicional para as empresas.


O Marco Legal da IA e seus Desafios


O Marco Legal da Inteligência Artificial, que está sendo discutido, estabelece princípios como transparência, não discriminação e responsabilização no uso da IA. A Inteligência Artificial é frequentemente utilizada no enriquecimento de dados, mas seu uso pode gerar riscos, como a combinação de dados de fontes não auditáveis e o potencial de viés nos algoritmos. Isso pode prejudicar a transparência e a justiça no tratamento dos dados.


O Marco Legal da IA também garante a privacidade e a proteção de dados pessoais das pessoas afetadas por sistemas de IA, alinhando-se aos princípios da LGPD. É essencial que as empresas que utilizam IA para enriquecer dados sejam transparentes sobre o processo e evitem discriminação, garantindo que seus algoritmos sejam justos e auditáveis.


O enriquecimento de dados, embora beneficie a tomada de decisões nas empresas, deve ser realizado com cuidado e respeito aos princípios da LGPD e do Marco Legal da IA. Transparência, consentimento explícito, e o uso ético da IA são fundamentais para garantir que as práticas de enriquecimento de dados sejam conduzidas de forma legal e justa. Ao equilibrar inovação e proteção de direitos, as empresas estarão mais preparadas para enfrentar os desafios legais e éticos no mundo digital.


 

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